segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Come Menino!!



 Shutterstock


Sabe que uma das coisas que mais me angustia na criação dos meus filhos é falta de apetite? Isso me deixa super frustrada... Já tentei de tudo o que vocês possam imaginar. Fui à Pediatra , fizemos vários exames e nada! Não existe nada patológico que justifique a ausência de apetite nele.. Daí saio em busca de explicações que possam me ajudar ou pelo menos me confortar um pouco e achei algumas dicas ( que para mim não são novidades) mas vou intensificá-las, quem sabe dá certo? Fazer um filho comer e tão desafiador quanto eu conseguir levar uma dieta adiante, he,he,he... Então vamos lá, se você também tem uma pessoinha com estas característica, aproveite este texto ele é todo seu !!

Meu filho não come: quando a falta de apetite preocupa

"Meu filho não come!” Essa é uma das principais queixas dos pais de crianças em
idade pré-escolar (entre 1 e 6 anos). Muitas vezes eles têm razão: a garotada nessa faixa
de idade realmente costuma comer menos, por diversos motivos.
Mas é preciso tomar cuidado para que a preocupação não seja exagerada. A
princípio, o apetite realmente diminui nessa fase porque, ao entrar no segundo ano de
vida, o ritmo de crescimento da criança cai e, por conseqüência, sua necessidade de
calorias diárias também. Isso se reflete na fome da criança.
Confira, no final desta página,
a tabela de Recomendações de Ingestão Energética (RDA) para crianças até 10 anos.
Além das diferenças decorrentes da faixa etária da criança, a falta de apetite pode
estar relacionada com o comportamento dos pais, listados a seguir:


· A mãe oferece muita comida à criança, sem levar em conta o tamanho de seu
estômago. Ela não agüenta comer tudo.

· O intervalo entre as refeições é irregular, está muito curto e cheio de "belisquetes".

· A criança não come por que não tem fome.

· Nessa idade o mundo ao redor é muito mais interessante e curioso, e o ambiente
não ajuda: há muito barulho e confusão durante a refeição. A criança não
consegue se concentrar no ato de comer.

· A criança já percebeu que, se recusar a comida, seus pais irão fazer diversos
malabarismos para que ela coma. Ela decide então se divertir e não come...

· Existem mães que ficam tão aflitas porque seus filhos não comem, que trocam a
refeição por lanches ou outras guloseimas. Quando a criança entende o processo,
faz chantagem para receber o "prêmio".

· Promessas do tipo "se você comer tudo, ganha chocolate" só servem para
superestimar o doce e diminuir o valor da comida.

· A comida não está gostosa, falta sal e temperos. Ela precisa ser saborosa para
que a criança sinta prazer em comer.

· A mãe repete o mesmo cardápio todo santo dia. É natural que a criança acaba se
desinteressando pelo alimento.

· A mãe, ansiosa para que o filho se alimente, passa esse sentimento para ele,
angustiando-o e interferindo na sua vontade de comer.

· Apesar de serem mais fáceis de ingerir, papinhas passadas no liqüidificador não
estimulam o bebê a mastigar e a reconhecer o sabor dos alimentos. Por
conseqüência disso, ele acaba por não desenvolver seu paladar.

· Não respeitar o gosto da criança. As características funcionais das papilas
gustativas são determinadas pela genética. Isso significa que, ao nascer, a criança
já tem algumas preferências (e aversões) alimentares que precisam ser levadas
em consideração.

· Tem dentinho novo na área. A gengiva se torna dolorida e fica mais difícil de
mastigar os alimentos. Muita calma (e paciência) nessa hora, mamãe!


E agora, como resolver essa falta de apetite? Alguns desses fatores, ou mesmo todos eles, são armadilhas comuns para a
maioria dos pais. Quando a inapetência tem as características citadas acima, é conhecida
como falta de apetite de origem comportamental.
O melhor é evitar tais comportamentos, pois consertá-los é mais difícil. Eis
algumas dicas para evitar ou reverter o quadro:



· Entre na luta sabendo que a batalha vai ser dura. Mudar o comportamento
alimentar de uma criança não é tarefa das mais fáceis. Tenha paciência e seja
firme (e flexível, de vez em quando).

· Estabeleça horários para as refeições e para os lanches, com intervalos de duas a
três horas para crianças entre 1 e 6 anos e de três a quatro horas para os que
estão em fase escolar.

· Não troque a refeição principal por outro alimento. Se a criança não quiser comer,
aguarde meia hora ou uma hora e ofereça novamente a mesma comida. Se ainda
assim ela recusar, espere mais tempo até que ela dê sinais de está com fome.
Mas, antes de tudo, certifique-se de que ela gosta do que está sendo oferecido.

· Criança troca facilmente a refeição pelo suco. Por isso, limite a ingestão de
líquidos (sucos e água) durante a refeição (antes ou depois dela, libere). A
capacidade gástrica da garotada é limitada e não vale a pena enchê-la com
líquido. Vai faltar espaço para a comida. Espere a criança comer parte da refeição
para então oferecer suco ou água e deixe o refrigerante para os finais de semana.

· Esqueça artimanhas do tipo "se comer tudo, ganha um brinquedo", "se não comer,
fica de castigo". Caso contrário ela vai supervalorizar o prêmio e odiar a comida,
que a castiga. Seja honesto com seu filho.

· Seja firme com a criança, mas não extremamente rígido, para não deixá-la
angustiada e ansiosa. Um chocolate fora de hora, de vez em quando, até que faz
bem, é divertido e gostoso.

· Criança pequena tem estômago pequeno, por isso nem adianta encher muito o
prato. Senão só de olhar, ela já vai ficar saciada. Coloque pouca comida e, se a
criança quiser repetir, coloque menos ainda.

· Evite artifícios como "aviãozinho", "televisão" e "disfarçar os alimentos". Eles
duram pouco e você vai ter que estar sempre inventando novidades. Haja
imaginação!

· Visite o pediatra, sempre.
Apesar dos toques, o pediatra é a única pessoa que tem condições de diagnosticar se
a diminuição de apetite da criança é natural, de origem comportamental ou orgânica.
Neste último caso, ela se dá porque a criança está com alguma doença infecciosa ou
com carência de nutrientes como vitaminas e minerais.

Se ela costuma ficar apática, pálida, fraca, sem fome, muito sonolenta, com a pele
seca, os cabelos finos e quebradiços, com rachaduras nos cantos da boca, com as
gengivas sangrando e está perdendo peso, há grandes chances de que esteja com
deficiências nutricionais.
E, mais uma vez, somente o pediatra poderá prescrever o melhor tratamento:

Mudança de hábitos alimentares, ingestão de suplementos de vitaminas e minerais e
estimuladores de apetite.



Recomendação de Ingestão Energética (RDA)
Idade Necessidade de calorias por quilo de peso (kcal/kg) *

Até 5 meses 108
De 6 meses a 1 ano 98
De 2 a 3 anos 102
De 4 a 6 anos 90
De 7 a 10 anos 70


* Esta tabela é meramente informativa, consulte sempre o pediatra do seu filho!

Nenhum comentário:

Postar um comentário