quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Saudades


Ontem se foi uma pessoa muito especial para mim. Meu avô. Aí bateu um sentimento que eu acho que dá em todo mundo nessas horas, um sentimento de impotência, de quero mais tempo, de perda, de vontade de ter feito melhor. Por inúmeros motivos houve um tempo em que vivi muito distante dele. Só sei que quanto mais o tempo passa mais eu aprendo da vida, mais tenho a certeza que cada dia é único em nossas vidas, que não devemos perder nenhum instante ao lado de quem se ama, ter a capacidade de perdoar sempre por mais que seja difícil, mas tentar levar uma vida mais leve. Eu sei dos momentos difíceis, das brigas em família inevitáveis e etc... Mas na hora da morte, ela nos faz sentir ridículos, pequenos, mesquinhos, egoístas... Para a morte não tem jeito é finito! Agora o que ficou são apenas lembranças. Muitas lembranças. Passei minha infância inteira ao lado dele, nunca vi meu avô perder a paciência com os netos. Suas mãos fortes e grossas pelo trabalho de carpinteiro sempre tinha um carinho para nos dar. Português que tinha nome de Rei, agora foi embora. E essa realidade choca. Nunca mais vê-lo, ouvi-lo. Dói. Por mais distante que eu fosse ele estava lá e vivia dentro do meu coração; Da última vez que estive com ele fiz a minha despedida pessoal, me deu vontade de abraçá-lo e trazê-lo comigo. Queria segurar sua mão pela última vez.




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